Produtor sustentável é gestor de alimentos e guardião da natureza





A evolução e as mudanças na agricultura dos últimos 20 anos, com o plantio direto, a biotecnologia, a automatização de equipamentos, a agricultura de precisão e eficiência nos processos para o aumento na produção, resultaram em avanços tão importantes quanto os que ocorreram em vários séculos, incluindo o trator e a revolução verde.

Além da evolução na tecnologia, podem ser citadas as significativas mudanças políticas. No passado, as nações controlavam a produção e os estoques, com o pensamento na subsistência familiar e na garantia de disponibilidade de alimentos. As mudanças com a perestróica e o glasnost (reestruturação e transparência), a abertura de mercados, a livre competição e a queda de tensões de guerras entre as grandes potências, aceleraram as mudanças na agricultura.


A necessidade de evoluir e adaptar-se às demandas do mercado, com maior eficiência nos processos de produção, resultaram em inovações tecnológicas e, em um novo perfil de agricultor e de negócios na agricultura. A lógica predominante é a competição com os melhores em qualquer parte do mundo. A agricultura deixa de ser um negócio de proprietários, protegida pelo Estado, para ser parte de uma cadeia de produção de alimentos regida pelo mercado, pela qualidade dos produtos, com base na adoção de boas práticas agrícolas. E o modelo preconizado é o da sustentabilidade com a rastreabilidade.


A sustentabilidade objetiva a qualidade de vida, sem esgotamento de recursos naturais e sem gerar contaminantes não assimiláveis pela natureza, reconhecendo a coexistência das gerações futuras.


A partir dos anos 90, a agricultura passou a ser um “livro aberto”, envolvendo a eficiência na produção, menor impacto sobre o ambiente, padrões na qualidade dos produtos, comprometimentos sociais e a certificação como estratégica de controle do consumidor.


A produção com base em boas práticas agrícolas preconizadas e padronizadas pela FAO é definida como o núcleo da agricultura moderna, integrando num só conceito as exigências agronômicas e as de mercado. Tem como objetivo obter produtos saudáveis, livres de contaminações químicas, físicas ou biológicas, orientadas por diretrizes documentadas (certificáveis) e recomendações de caráter geral contemplando todas as atividades e insumos relacionados aos sistemas de produção. Ou seja, fazer as coisas bem e dar garantias disso.

A sustentabilidade na produção de grãos tem a sua base na rentabilidade e nos impactos sobre recursos naturais e consequências sociais. O agricultor tem a propriedade da terra, mas depende de conhecimento, atitudes e parcerias para atender as demandas do mercado. O perfil do agricultor proprietário da terra e com o domínio dos seus recursos naturais mudou para um gestor da produção de alimentos e guardião da natureza. Hoje o agricultor deve ser um profissional habilitado para a gestão com apoio de especialistas comprometidos com a sustentabilidade na cadeia de produção de alimentos. Daí a evidência de que a rentabilidade em agricultura é resultado da aplicação de conhecimento por hectare. Envolvendo aspectos técnicos com metas no aumento da produção por unidade de área e na eficiência de uso dos recursos naturais. 

Pecuária é setor com maior potencial para emprego verde, aponta Ipea

Pesquisa do instituto mostra que mais de 85% dos postos nessa área podem minimizar os impactos ao meio ambiente


A pecuária é o setor com o maior potencial para empregos verdes, diz um estudo divulgado nesta segunda-feira (17/12/2012) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o trabalho “Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior”, mais de 85% dos postos nessa área têm a possibilidade de minimizar os impactos ao meio ambiente de alguma forma. Isso corresponde a cerca de 432 mil empregos, dos mais de 504 mil empregos totais no setor.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), os empregos verdes são aqueles que contribuem para preservação ou recuperação do meio ambiente. As atividades são voltadas à proteção de ecossistemas e da biodiversidade com a redução do consumo de energia, de materiais e de água por meio de estratégias de eficiência. O Ipea identificou que as áreas em que há maior possibilidade de geração de empregos verdes são as relacionadas à agricultura ou a algum tipo de atividade no meio rural, como lavouras permanentes, temporárias e a floricultura.
No estudo, o instituto ainda utilizou informações da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps), cujos dados apontam que 26% das instituições pesquisadas pretendem aumentar o quadro de profissionais de sustentabilidade ainda em 2012.
Diferentemente dos setores com potencial verde, os relacionados à fabricação de produtos químicos, à metalurgia, à produção de cimento e de celulose são áreas com intensa possibilidade de prejuízo ao meio ambiente, especialmente devido aos altos níveis de consumo de energia (eletricidade e combustível) e água.
No Brasil, há cerca de 3 milhões de empregos verdes, 6,6% do total de postos formais, segundo o Departamento de Criação de Empregos e Empresas Sustentáveis da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo o Ipea, a organização internacional estima que esses trabalhos cresçam mais rapidamente do que os demais no mercado brasileiro. A oferta dos postos aumentou 26,7% nos últimos cinco anos, contra alta de 25,3% em outros setores.

Projeto integra escolas municipais à propriedades rurais em Joinville, SC


O Programa Globo Rural (Rede Globo) do dia 16/12/2012, mostrou a reportagem sobre o projeto Viva Ciranda, que integra crianças e adolescentes de Joinville (SC) com propriedades rurais da região.
As crianças fazem um passeio pedagógico com direito a café da manhã com alimentos orgânicos e um dia de campo, onde aprendem a tratar de animais e de onde vem os alimentos que são consumidos no dia a dia.
Na reportagem, é notória que as surpresas pegam desde os pequenos até os adolescentes. A maioria nunca foi a um sítio antes.
A coordenadora do Viva Ciranda, Anelise Rosa, conta na reportagem que em três anos de projeto, além dos benefícios para o produtor e para os alunos, ela percebe que o professor também ganha com a experiência. “É uma de o professor resgatar um pouquinho daquele encantamento que ele tinha pela profissão, de ele ver que realmente o papel que ele desenvolve junto à criança é um papel importante e que a longo prazo vem a gerar uma melhor qualidade de vida para todos, para o agricultor, para a escola, para todos”.
Atitudes como essa, enriquecem a alfabetização de crianças e jovens que crescem conscientizadas sobre a importância do trabalho no campo para o meio ambiente e a sociedade civil.
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Ser um Produtor Rural requer diversas profissões



Não sabemos se vai chover muito ou pouco, se a moeda vai continuar estável, se as políticas públicas serão favoráveis, mas temos certeza de uma coisa: independente de que aconteça, o produtor rural estará sempre fazendo o que há de melhor ao seu alcance para ampliar a capacidade produtiva de alimentos de forma sustentável, sem prejuízos ao meio ambiente.

Muitas pessoas acreditam que para ser um produtor rural, basta saber plantar e colher. Isso não é verdade. Para produzir alimentos de qualidade, de forma sustentável e sem prejuízos ao meio ambiente e até ao próprio produtor, há necessidade de conhecimentos gerais e específicos sobre o clima, tecnologias, sustentabilidade, economia, política, logística, entre outros. O que isso quer dizer? Que em quase todos os momentos, o produtor rural é meteorologista, ambientalista, administrador, vendedor, político...

Um bom produtor rural, deve estar sempre atento às atualidades, como cotação do dólar, globalização, noticiários, tendências tecnológicas, marketing. Todo este conhecimento favorece o profissionalismo do produtor  em práticas de alta produtividade com sustentabilidade.  

Certrim lança campanha de valorização do produtor rural


A Certrim, Cooperativa dos Empresários Rurais do Triângulo Mineiro, lança no ano de 2013 a Campanha “Valorize o Produtor Rural”. Esta iniciativa tem como objetivo destacar o trabalho contínuo do homem do campo, seja ele pequeno, médio ou grande produtor.

Todos nós, seres humanos, necessitamos de alimentos para sobreviver. Compramos toneladas de alimentos todos os dias para consumo próprio e de nossas famílias. Não é de costume observar aquela fruta e verdura fresquinhas, o pão de cada dia, o arroz e o feijão, e se perguntar: Qual a origem deste alimento? Como ele chegou até a minha mesa? Você já pensou que os alimentos também são a origem da produção do combustível, dos medicamentos e do vestuário?

Desde pequenos aprendemos que o fruto precisa de uma semente. E quem planta esta semente? Que acompanha o crescimento? Que colhe e depois planta de novo? O produtor rural. Ele que se preocupa e vive, trabalhando intensamente, para dar muitos frutos à população que cresce três vezes mais rápido no mundo, a sociedade civil.

Em 2013, a Campanha de Valorização do Produtor Rural chegará às escolas, creches, universidades, empresas, entidades e será divulgada em massa para que seja feita uma conscientização de valorização do produtor rural perante a sociedade uberabense e região.